1/22/2009

Staphylococcus

Os estafilococos são células esféricas Gram-positivas que geralmente se dispõem em cachos irregulares semelhantes a cachos de uva. Crescem rapidamente em diversos meios de cultura e mostram-se ativos metabolicamente, fermentando carboidratos e produzindo pigmentos que variam de branco a amarelo intenso. Alguns são membros da microbiota da pele e das mucosas de humanos, outras provocam supuração, formação dos abscessos, várias infecções piogênicas e até mesmo septicemia fatal. Os estafilococos patogênicos hemolisam o sangue, coagulam o plasma e produzem uma série de enzimas e toxinas extracelulares.

O tipo mais comum de intoxicação alimentar é causado por uma endotoxina estafilocócica termoestável. Os estafilococos desenvolvem rapidamente resistência a agentes microbianos e constituem problemas terapêuticos difíceis.

O gênero Staphylococcus tem pelo menos espécies. As espécies de maior importância clínica são Staphylococcus aureus , Staphylococcus epidemidis e Staphylococcus saprophyticus. O Staphylococcus é um importante patógeno em seres humanos. Quase todos os indivíduos apresentam algum tipo de infecção por essa espécie durante sua vida, cuja gravidade vai desde uma intoxicação alimentar ou infecção cutânea de pouca importância até infecções graves potencialmente fatais. O Staphylococcus aureus é coagulase positivo, o que o diferencia das outras espécies. Os estafilococos coagulase-negativos são membros da microbiota humana normal e, algumas vezes, causam infecções quase sempre associadas a dispositivos e aparelhos implantados, sobretudo m pacientes muito jovens, idosos e imunocomprometidos. Cerca de 75% dessas infecções causadas por estafilococos coagulase-negativo são devido a espécies; as infecções causadas por Staphylococcus warneri, Staphylococcus hominis e por outras espécies são menos comuns. O S. saprophyticus representa um agente relativamente comum de infecções do trato urinário em mulheres jovens. Algumas espécies são importantes em veterinária.

Os estafilococos produzem catalase, que os diferencia dos estreptococos, fermentam lentamente muitos carboidratos, produzindo ácido láctico, mas não gás. A atividade proteolítica varia acentuadamente de uma cepa para outra. Os estafilococos patogênicos produzem muitas substâncias extracelulares.

Introdução Básica Sobre Fungos

Por muito tempo os fungos foram considerados vegetais mas a partir de 1969, foram classificados em um reino à parte, o Reino Fungi (TRABULSI et al., 1999). São tambem conhecidos como bolores, mofos ou cogumelos, estão interferindo constantemente em nossas atividades diárias.

Características

Os fungos constituem um grupo de organismos em que não ocorre clorofila (são heterótrofos). São geralmente filamentosos e multicelulares. O crescimento é em geral apical, mas normalmente qualquer fragmento hifálico pode dar origem a outra formação micelial quando destacado e colocado em meio apropriado. As estruturas reprodutivas são diferenciadas das vegetativas, o que constitui a base sistemática dos fungos (PUTZKE e PUTZKE, 1998). Alguns podem ser microscópicos em tamanho, enquanto outros são muito maiores, como os cogumelos e fungos que crescem em madeira úmida ou solo. Os fungos formam esporos, que são dispersos por correntes de ar (PELCZAR et al., 1996), encontrando-se no solo, na água, nos vegetais, em animais, no homem e em detritos, em geral (TRABULSI e TOLEDO, 1996).
O Reino Fungi é dividido em cinco filos: Oomycota que compreende os fungos aquáticos: Zygomycota os fungos terestres; Ascomycota as trufas, bolores verdes, amarelos e vermelhos; Basidiomycota os cogumelos, ferrugens e carvões; Deuteromycota fungos do tipo Penicillium.

Reprodução

Os fungos se reproduzem em ciclos assexuais, sexuais e parassexuais. A reprodução assexuada ocorre através de brotamento, fragmentação e produção de conídios. A reprodução sexuada culmina na produção de basidiósporos, no caso de basidiomicetos.A reprodução parassexuada consiste na fusão de hifas e formação de um heterocarion que contém núcleos haplóides. Apesar de ser raro, o ciclo parassexual é importante na evolução de alguns fungos (PELCZAR et al.., 1996).

Nutrição

De acordo com a nutrição, os fungos são classificados em duas categorias: saprófitas (ou sapróbios) e parasitas. Os saprófitas se alimentam de matéria orgânica animal ou vegetal morta e os parasitas vivem dentro de ou sobre organismos vivos (animais ou vegetais), deles retirando seus alimentos, absorvem nutrientes em vez de ingeri-los, secretando enzimas digestivas no substrato onde se desenvolvem. Essas enzimas catalisam a quebra de moléculas grandes em moléculas suficientemente menores para serem absorvidas pela célula fúngica. Por essa razão, os fungos crescem dentro ou sobre os alimentos (RAVEM, 2001).
Desenvolve-se geralmente em meios contendo um pH baixo, uma fonte de carbono uma fonte de nitrogênio orgânico ou inorgânico e alguns minerais. Alguns necessitam de vitaminas. (PELCZAR et al., 1996).

Utilização

Os fungos são muito utiliuzados industrialmente como o Penicillium (Figura 01) utilizado na fabricação da penicilina e o Aspergillius niger na fabricação da progesterona e ácido cítrico, na obtenção de exopolissacarídeos com potencial terapêutico (ROSADO et al., 2003; WISBECK et al., 2002; FAN et al., 2001; MAZIERO et al., 1998; BURNS et al., 1994), como integradores e aromatizadores de alimentos como sopas e cremes (SOLOMONS, 1975), na maturação de queijos do tipo roque fort e camembert (Figura 02), e na fabricação do saque vinho de arroz pelo fungo Aspergillus orysae.
E quando cultivados em meio sólido formam corpos frutíferos de grande valor gastronômico
Os fungos támbem são causadores de muitas doenças como,micoses na pele ou nas unhas, rinites, bronquites, asma e nas plantações de café, milho e feijão causam a ferrugem que é uma praga que pode destruir plantações.

Leveduras

As leveduras são fungos unicelulares, isto é, formados por uma única célula e, geralmente, não formam filamentos com micélio. São maiores que a maioria das bactérias, podem ter forma oval, podendo ser alongadas e esféricas. As leveduras gostam de açúcar preferindo como habitat, frutas, flores e as cascas das árvores.
As leveduras se reproduzem assexuadamente multiplicado-se por brotamento, processo pelo qual na superfície da célula adulta (célula mãe) desenvolve-se uma pequena saliência (célula-filha) que se transformará numa nova célula
As leveduras são capazes de crescimento anaeróbio facultativo. Podem utilizar oxigênio ou um componente orgânico como aceptor final de elétrons, sendo um atributo valioso porque permitem que esses fungos sobrevivam em vários ambientes. Se é dado acesso a oxogênio, as leveduras respiram aerobicamente para metabolizar hidratos de carbono formando dióxido de carbono e água; na ausência de oxigênio elas fermentam os hidratos de carbono e produzem etanol e dióxido de carbono

Utilização


Saccharomyces cerevisiae, S. ellipsoideus e S. calbergensis, são agentes normais da fermentação alcoólica utilizada na fabricação de vinhos, cervejas e fermentos.
Zygosaccharomyces, tem capacidade de se desenvolverem em líquidos com alta concentração de açúcar. E por isso, responsáveis pela deterioração de mel, melaço e xaropes.
Schizosaccharomyces, muito comum na superfícies de frutos, no solo, no bagaço e em substratos.
Picchia, Hansenula e Debaryomyces responsáveis pela formação de filme na superfície de líquidos de origem vegetal, ácidos.
Endomyces vernalis , utilizável na síntese de produtos graxos.
Endomyces fiberliger, levedura capaz de produzir amilase.

1/04/2009

As bacterias e suas caracteristicas

Os procariotos são os menores organismos e os mais simples estruturalmente. Em termos evolutivos, eles são também os mais antigos organismos da Terra (foram encontrados fósseis de cerca de 3,5 bilhões de anos). E, consistem de duas linhagens distintas: Bacteria (ou eubactéria) e Archea.
Habitam o solo, superfície das águas e tecidos de outros organismos (vivos ou em decomposição). Pequeno número de espécies que habitam ambientes de condições extremas.
Alta proporção habita ambientes em condições extremas: halófilas (Mar Morto), termoacidófilas (60 a 80ºC, sulfobactérias) e metanogênicas (pântanos, interior do tubo digestivo de insetos (cupins) e herbívoros)
Os procariotos não possuem núcleo organizado nem organelas celulares envoltas por membranas. A maior parte de seu material genético está incorporada em uma única molécula circular de DNA de fita dupla, freqüentemente, fragmentos adicionas de DNA circular, conhecidos como plasmídeos, também estão presentes.
No citoplasma, além de sais minerais, aminoácidos, pequenas moléculas, proteínas, açúcares ainda são encontradas partículas de ribossomos, grânulos de material de reserva (amido, glicogênio, lipídeos ou fosfatos).
Exceto os micoplasmas, todos os procariotos têm paredes celulares rígidas. Nas Bacteria, esta parede celular é composta principalmente de peptidioglicanos. As bactérias Gram-negativas, com parede celular que não fixa o corante cristal-violeta. Possuem uma camada externa de lipopolissacarídeos e proteínas, sobre a camada de peptideoglicano, denominada cápsula, encontrada principalmente nas bactérias patogênicas, protegendo-as contra a fagocitose.
As células procarióticas não apresentam vacúolos, porém podem acumular substâncias de reserva sob a forma de grânulos constituídos de polímeros insolúveis. São comuns polímeros de glicose (amido e glicogênio), ácido -hidroxibutírico e fosfato.
As células de procariotos podem ter forma de esfera (coco), de bastão (bacilos) ou de espiral (espirila). Todos os procariotos são unicelulares, mas se a célula não se separa completamente após a divisão celular, as células filhas ficam grudadas em grupos finos, filamentos ou massas sólidas.
As células bacterianas são pequenas e medidas em micrômetros (µm), 1µm equivale 0,001mm. A menor bactéria tem 0,2 µm (Chlamydia), há células de Spirochaeta com 250 µm de comprimento. A maior bactéria conhecida é a Epulopiscium fishelsoni que foi encontrada no Mar Vermelho e na costa da Austrália no intestino de um peixe com mais de 600 µm de comprimento. Na maioria das vezes o tamanho médio de uma bactéria é de 1-10 µm.
Muitos procariotos possuem um flagelo e, portanto, são móveis; a rotação do flagelo movimenta as células através do meio. As bactérias que apresentam um único flagelo são denominadas monotríquias e bactérias com inúmeros flagelos são denominadas peritríquias.
Procariotos podem ainda possuir fímbrias ou pili. As fímbrias ou pili são estruturas curtas e finas que muitas bactérias gram-negativas apresentam em sua superfície, estão relacionadas com a capacidade de adesão. Há a fímbria sexual, necessária para que bactéria possa transferir material genético no processo denominado conjugação.
Certas espécies de bactérias tem a capacidade de formar endósporos, altamente resistentes ao calor, dessecação e outros agentes físicos e químicos, capaz de permanecer em estado latente por longos períodos e de germinar dando início a nova célula vegetativa. Isso permitem que a célula sobreviva em condições desfavoráveis.
Muitos procariotos se reproduzem assesuadamente por simples divisão, também denominada fissão binária, onde uma célula, divide-se ao meio, dando origem a duas células-filhas iguais.

Parede Celular dos Fungos

A constituição da parede celular dos fungos é uma das características que levou à sua separação num reino separado entre os seres vivos - ela é composta por fibras de quitina (polissacarídeo, insolúvel e córneo formado por unidades de N-acetilglicosamina. É o constituinte principal das carapaças dos artrópodes, e está presente, com menor importância, em muitas outras espécies animais. É, também, o constituinte principal das paredes celulares nos fungos).

Parede Celulas das Algas

Nos restantes grupos de seres vivos tradicionalmente considerados algas, a parede celular encontra-se normalmente presente e também formada por polissacarídeos, mas que podem ser de tipos diferentes da celulose.
Nas algas vermelhas as paredes celulares são formadas por um complexo de microfibrilhas dentro duma matriz mucilaginosa. Agar e carragenina são as duas espécies de mucilagem típicas das algas vermelhas.
O ácido algínico (ou alginato) juntamente com celulose são os componentes típicos da parede celular das algas castanhas.
As diatomáceas têm as células protegidas por frústulas compostas por duas peças que se encaixam como os pratos duma caixa de Petri, formadas de sílica opalina, polimerizada.
Os dinoflagelados possuem um invólucro exterior (teca) formado por duas camadas membranosas, no meio das quais se encontra um complexo de vesículas achatadas que, nas formas "tecadas", contêm placas de celulose. Muitas espécies de dinoflagelados, no entanto, apresentam células "nuas" - sem uma verdadeira parede celular.

Parede Celular das Plantas Verdes

A parede celular das plantas verdes (incluindo as plantas vasculares, os musgos e as algas verdes) é formada essencialmente por microfibrilas de celulose. Na primeira camada, formada quando a célula ainda está a crescer, as microfibrilas não apresentam uma direcção definida e encontram-se ligadas por ligações hidrogénio, o que torna a estrutura mais flexível. Nas camadas seguintes, as microfibrilas já se apresentam orientadas numa determinada direcção, conferindo maior rigidez à parede celular.

Quando as células se dividem, têm de formar uma nova parede celular. Para isso, forma-se ao longo do eixo de divisão uma camada de microtúbulos, chamada fragmoplasto que ajuda à deposição das microfibrilhas de celulose. Uma diferença importante entre as células das algas verdes e das restantes plantas verdes é que, nas primeiras - com exceção das Charophyta - os microtúbulos alinham-se perpendicularmente ao eixo da divisão celular, formando o que se chama de ficoplasto.

Células vizinhas comunicam entre si através de poros na parede celular chamados Pontuações, essas pontuações são atravessadas por filamentos citoplamáticos chamados Plasmodesmos, que estabelecem condução entre o protoplasma dessas células adjascentes. Estas ligações explicam como as infecções ou outras doenças se espalham rapidamente por todos os tecidos das plantas.

Para além destas ligações, existe ainda uma camada gelatinosa entre as paredes celulares das células vizinhas que as mantém ligadas. Esta camada, chamada lamela média é formada por fibras de celulose entrelaçadas por moléculas de pectinas e hemiceluloses.

A parede celular das plantas verdes é normalmente permeável aos fluidos, exceto quando impregnada com lenhina ou suberina, nas plantas com crescimento secundário.

Uma diferença importante entre as células das algas verdes e as das Plantas é que, nas primeiras (com exceção das Charophyta), os microtúbulos alinham-se paralelamente ao plano da divisão celular - formando o que se chama de ficoplasto - e nas Plantas (e nas Charophyta) esse alinhamento é perpendicular ao plano da divisão celular - fragmoplasto.

Primeiro antibiótico da história

A coalhada de soja embolorada parece ter sido o primeiro antibiótico natural, utilizado pelos chineses por volta de 500 a.C. para tratar furúnculos e outras infecções semelhantes. Quase tão antigo, e presente em várias civilizações, é o uso de pão embolorado e teias de aranha em ferimentos infectados.
Embora os médicos tenham procurado nos 2 mil anos seguintes uma espécie de medicamento que combatesse a infecção por bactérias, nenhum pesquisador pensou em investigar cientificamente o folclore medicinal em relação aos bolores. O primeiro antibiótico moderno, a penicilina, foi uma descoberta casual do bacteriologista escocês Alexander Fleming, em 1928. Fleming havia sido um oficial médico nos hospitais militares da Inglaterra durante a Primeira Guerra Mundial. Notando a séria necessidade de um agente bactericida para tratar dos ferimentos infectados, após a guerra retornou ao St. Mary's Hospital, em Londres, para pesquisar sobre o problema. Em 1928, enquanto estudava o Staphylococcus aureus, uma bactéria responsável pelos abscessos e várias outras infecções, Fleming entrou de férias por alguns dias, deixando os seus recipientes de vidro com cultura sem supervisão. Ao retornar, notou que a tampa de um dos recipientes tinha escorregado e que a cultura tinha sido contaminada com o mofo da atmosfera.
Fleming estava quase a deitar fora a cultura quando a curiosidade o fez examiná-la. Na área onde o bolor estava a crescer, as células do Staphylococcus tinham morrido. Ele imediatamente percebeu o significado dessa descoberta e verificou que o bolor, uma espécie do fungo Penicillium, estava a segregar uma substância que destruía as bactérias. Embora ele não tenha conseguido isolar a substância - o que foi feito dez anos depois por Ernst B. Chain e Howard W. Florey, em Inglaterra -, ele chamou-a de penicilina. Muitos cientistas estavam cépticos quanto ao potencial do bolor que havia aparecido por acaso na lâmina de Fleming. Não se mostravam dispostos a experimentar nos seus pacientes um bolor comum. Outros problemas resultaram da fragilidade do bolor: ele era fraco, impuro e facilmente destrutível pelas mudanças climáticas e acídicas. Eram necessárias grandes quantidades para obter uma concentração de penicilina suficiente para um único paciente, e Fleming não tinha verbas suficientes.
Com a Segunda Guerra Mundial houve uma necessidade de anti-sépticos para combater as infecções das tropas feridas. O Dr. Howard Walter Florey, professor de patologia em Oxford, tinha ouvido falar sobre o bolor de Fleming e levou a pesquisa adiante. Com uma equipa de 20 cientistas e técnicos, Florey cultivou novamente o bolor de Fleming. Durante meses, a equipa manteve enormes tonéis de um caldo embolorado e malcheiroso, tentando extrair o ingrediente principal. O Dr. Ernst Boris Chain conseguiu extrair da solução um pó marrom, que destruiu instantaneamente algumas bactérias; na verdade, o extracto continha apenas cerca de 5% de penicilina na sua forma química pura. Os cientistas testaram a substância em 80 diferentes micróbios; descobriram que os fluidos do sangue não eram hostis à substância e que os glóbulos brancos não eram danificados nem se tornavam inactivos. Prepararam um sal de penicilina (contendo sais de sódio e cálcio), que era mais estável do que o bolor, e foram bem-sucedidos na cura de ratos que receberam injecções de doses fatais de Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes, e outras bactérias. As suas descobertas formaram a base para o tratamento com penicilina que se pratica até aos nossos dias.
Em 1940, a penicilina foi utilizada, em Inglaterra, no primeiro paciente humano, um polícia com um quadro avançado de infecção sanguínea. Durante cinco dias os médicos administraram a droga a cada duas ou três horas (a penicilina sai rapidamente do corpo pela urina e, por isso, deve ser reposta em intervalos frequentes e regulares). O polícia tinha recuperado significativamente quando o suprimento de penicilina se esgotou e as injecções foram suspensas. A infecção alastrou-se e acabou por vencê-lo. Os cientistas britânicos ainda não tinham conseguido produzir penicilina em quantidade suficiente para salvar uma vida. Num segundo caso, no entanto, um jovem, que também sofria com uma infecção sanguínea, recebeu penicilina suficiente para se recuperar.

1/03/2009

Bactéria Carnívora

HONG KONG, China (AFP) - Autoridades sanitárias de Hong Kong informaram nesta sexta-feira que estão investigando a morte de um homem de 55 anos vitimado por uma forma rara de bactéria carnívora.
O homem procurou um médico por causa de dores no pescoço e problemas respiratórios. Ele também sentia dores em sua nádega direita e acabou sendo internado no dia de Natal para sofrer uma cirurgia e ter o tecido infectado removido.
Depois foi transferido para outro hospital, onde acabou morrendo na quinta-feira.
Os exames mostraram que o ferimento da nádega da vítima estava infectado pela bactéria 'streptococcus pyogenes', que causa necrose nos tecidos, informou o Centro para a Proteção da Saúde.
Um porta-voz da instituição explicou que a bactéria pode destruir o tecido e causar a morte dentro de 12 a 24 horas depois da infecção.
A doença geralmente é causada quando a bactéria entra por um ferimento, por menor que seja, mas pode ser tratada com antibióticos e removida se prontamente diagnosticada.



Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/0...kong_bact__ria

Prova do sulfureto de hidrogênio (H2S)


Permite determinar a capacidade dos microrganismos para produzirem sulfureto de hidrogênio (H2S) a partir de substratos como aminoácidos sulfurados ou compostos sulfurados inorgânicos.

Muitas proteínas são ricas em aminoácidos sulfurados, como a cisteína. Quando estas proteínas estão presentes no meio de cultura podem ser degradadas pelas enzimas microbianas a aminoácidos que são utilizados como nutrientes. O aminoácido cisteína, na presença da enzima cisteína desulfurase, perde o seu átomo de enxofre que por sua vez é reduzido pela adição de hidrogênio da água para formar H2S. O H2S é então produzido pela hidrogenação (redução) do enxofre orgânico presente no aminoácido cisteína.

Por outro lado, o H2S pode ser produzido pela redução de compostos sulfurados inorgânicos, como os tiossulfatos (S2O32-), os sulfatos (SO42-) e os sulfitos (SO32-). Quando o meio contém tiossulfato de sódio alguns microrganismos têm capacidade para o reduzir a sulfitos usando a enzima tiossulfato redutase, com libertação de H2S. Os átomos de enxofre atuam como aceitadores de hidrogênio durante a oxidação dos compostos inorgânicos.

O meio de cultura agar SIM contém peptonas (a cisteína é um dos componentes) e tiossulfato de sódio como substratos sulfurados, e sulfato ferroso amoniacal (Fe (NH4)2 SO4) que atua como indicador da presença de H2S. Como o H2S é incolor, e por conseguinte não é visível, o sulfato ferroso amoniacal serve como indicador, pois o ferro combina-se com o H2S formando sulfureto de ferro que é um precipitado negro insolúvel. A presença deste composto ocorre ao longo da linha de inoculação e indica que houve produção de sulfureto de hidrogênio (reação positiva). A ausência do precipitado negro evidencia uma reação negativa.

O meio de SIM é um meio semi-sólido que também pode ser usado para detectar a presença ou ausência de mobilidade nas bactérias e a produção de indol.